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O processo de reciclagem verdadeira, chamada de recycling, é aquele em que o material a ser reaproveitado não perde suas características, podendo ser transformado em um produto idêntico àquele que foi descartado.
Processos em que o material sofre alterações, perde sua integridade e só pode ser aproveitado para gerar outro produto — seja ele de maior ou menor valor —, são chamados de upcycling e downcycling. A razão para essa diferenciação está ligada ao valor que cada tipo de processo de reaproveitamento de resíduos possui do ponto de vista ecológico.
Quais os benefícios do reaproveitamento?
No caso da reciclagem propriamente dita, pode-se dizer que este é o processo perfeito: a matéria-prima se combina com outras e gera um produto, que é utilizado para consumo, é descartado e reutilizado para gerar o mesmo produto.
Isso significa que os resíduos jamais são depositados no meio ambiente e que há uma redução drástica na extração de material do meio ambiente, preservando duas vezes sua integridade: por meio da redução do impacto ambiental pela extração e pela redução da poluição gerada pelo descarte de resíduos na natureza.
Há um outro aspecto importante que é o impacto econômico, mas essa é uma variável que precisa ser analisada caso a caso. Em outras palavras, é preciso saber a que custo esses materiais retornam para a indústria, uma vez que é preciso comparar o custo da reciclagem com o da produção.
Upcycling e Downcycling
O upcycling ocorre quando materiais em situação de descarte são reutilizados para a confecção de outros produtos. Nesse caso, esses materiais acabam se transformando em um item de maior valor. Isso acontece muito com a madeira, que é um material orgânico que se deteriora com o tempo: a madeira descartada em reformas e construções pode ser reaproveitada, com ou sem processamento, para a criação de uma série de produtos, como estantes, mesas de centro, painéis e bancos.
O downcycling, por sua vez, ocorre quando determinado material perde parte de sua integridade, não podendo ser reciclado de modo a se transformar em outro produto. Apesar disso, ele pode gerar um produto de valor menor — o que acontece muito com o papel, que pode virar um papel de menor qualidade para outras finalidades. O mesmo ocorre com a reciclagem de pneus, que podem virar asfalto após serem processados.