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Como fazer logística reversa sem onerar a cadeia produtiva?

A crescente conscientização global sobre a necessidade de práticas mais sustentáveis é evidente. Tanto indivíduos quanto empresas reconhecem a importância de ações e políticas públicas voltadas para um consumo mais responsável. No Brasil, a logística reversa surge como uma estratégia-chave, particularmente no setor de produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos.

Transformar o fim no começo

A logística reversa, como é chamada a gestão do ciclo de vida dos produtos, é uma resposta concreta à necessidade de reciclar produtos no final de sua vida útil. O seu principal objetivo é garantir que esses produtos, quando não mais úteis, sejam reciclados de maneira eficiente. Dessa forma, eles podem retornar como matéria-prima no início do processo produtivo, contribuindo para a redução do uso de recursos naturais.

Marco legal

Em 2020, o Brasil deu um passo importante com a aprovação do Decreto Federal nº 10.240/2020, estabelecendo metas ambiciosas para a implementação da logística reversa. 2021 marcou o início oficial de esforços para criar um sistema de logística reversa sustentável. Essas metas não fazem distinção com base no tipo ou peso dos produtos no mercado, e os fabricantes e importadores podem criar seus próprios sistemas ou se unir a entidades gestoras para alcançá-las.

Desafios em um país diversificado

A diversidade do Brasil traz complexidades adicionais para a implementação da logística reversa. O processo ocorrerá gradualmente, inicialmente em regiões específicas, como Sul, Sudeste, Centro-Oeste e alguns estados do Nordeste. O desafio é mapear as necessidades específicas de cada estado e município, criando parcerias estratégicas e planos de ação alinhados com as realidades locais.

Uniformização e colaboração

Além das barreiras geográficas, a diversidade de políticas tributárias complica ainda mais a logística reversa, especialmente quando se trata do transporte de produtos entre estados. Para superar esses desafios, é urgente buscar a uniformização tributária, evitando a bitributação e mantendo a eficiência do sistema de reciclagem.

Capacitação e inovação

A capacitação é fundamental, não apenas para garantir o tratamento correto dos produtos pós-consumo, mas também para desenvolver uma nova indústria de reciclagem de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, criando oportunidades econômicas significativas.

O papel dos consumidores

Os consumidores desempenham um papel essencial no processo. Levar produtos a pontos de coleta, localizados em lojas de varejo ou em locais estratégicos nas cidades, é o primeiro passo. O envolvimento dos consumidores é fundamental para atingir as metas do decreto, que são ambiciosas no que diz respeito ao volume de produtos coletados.

Comunicação e sensibilização

Promover uma mudança cultural em relação ao tratamento de resíduos é um desafio de longo prazo. A conscientização sobre a importância da reciclagem de eletrodomésticos e eletroeletrônicos é fundamental. No entanto, é importante reconhecer que essa transformação pode levar tempo.

Superando desafios

Mesmo diante dos desafios da pandemia de COVID-19, o Brasil continua avançando na implementação da logística reversa. Parcerias estratégicas entre o setor público e privado estão sendo estabelecidas, e medidas de segurança estão sendo reforçadas.

Um futuro ambientalmente consciente

A uniformização de processos e a colaboração em toda a cadeia são essenciais para enfrentar os desafios atuais e futuros. Promover a conscientização da população sobre a importância da reciclagem e da gestão responsável de resíduos é um passo vital em direção a um futuro mais sustentável, onde o meio ambiente é a prioridade máxima.

Com informações da Exame.