Talvez você não saiba, mas a embalagem de isopor que acondiciona aquele alimento que você pede pelo delivery é 100% reciclável. O problema é que, por questões de logística e de volume, a reciclagem deste material não é tão comum. Por ser muito leve, o isopor tem bastante potencial poluente, pois pode voar facilmente até chegar a rios e mares. Além disso, por ser constituído basicamente de plástico, este item pode levar mais de 400 anos para se desintegrar.
Com a pandemia, o consumo de isopor cresceu exponencialmente e, junto desse crescimento, veio também a necessidade de repensar o uso deste material. Assim, para conscientizar as pessoas de que ele deve ser descartado no lixo reciclável e oferecer soluções vantajosas para incentivar essa reciclagem por cooperativas e indústrias, o iFood realizou um estudo que considerou como premissas a logística do material, a abundância e o descarte correto, a tecnologia disponível nas cooperativas para sua reciclagem e o seu valor de mercado.
A partir daí, foram propostos três cenários para avaliar a sua eficiência e índice de reciclagem:
1 – Iniciar o processo de reciclagem com uma cooperativa que não coleta o material, com baixa tecnologia e somente com o uso de uma prensa específica, que é o equipamento mais comum entre as cooperativas;
2 – Adotar a tecnologia já existente em grandes cooperativas e compactar o material, visando otimizar a logística e o valor de venda;
3 – Transformar o isopor destinado para descarte em pallets e, com isso, analisar qual o potencial de reciclabilidade e mercado.
Nos três cenários foi observado que, tanto embalagens contaminadas de resíduos como as que foram limpas antes do descarte podem ser destinadas à reciclagem corretamente. Um dos testes, inclusive, mostrou ser possível transformar as embalagens contaminadas em uma nova caixa. Outra possibilidade observada aponta um potencial de contribuição também para a indústria da construção civil.
Para transformar o estudo em projeto, será feito um processo de aceleração de cooperativas, para desenvolvê-las e torná-las aptas a receber o isopor e outros tipos de resíduos e viabilizar a reciclagem desses materiais.
Compromisso do iFood com a redução do uso de plástico
O iFood tem buscado alternativas para acelerar a redução do uso de plástico descartável nas entregas e oferecer soluções sustentáveis para a substituição das embalagens. Uma delas é a campanha “Amigos da Natureza”, que passou a dar aos clientes a opção de dispensar o envio de garfos, colheres, facas e canudos plásticos ao fazer o pedido. Até agora, 40% dos restaurantes já aderiram à iniciativa, resultando em mais de 260 milhões de pedidos enviados sem itens de plástico e evitando o uso de 510 toneladas de talheres e canudos plásticos.
Para fortalecer a cadeia de reciclagem, o iFood possui 80 PEVs (Ponto de Entrega Voluntária) no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia e, recentemente, lançou o Guia para Cidade Modelo em Gestão de Resíduos com o objetivo de apoiar e direcionar cidades na gestão de resíduos sólidos, uma imersão nos desafios da reciclagem do lixo no país e que foi elaborado tendo como base a Política e o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Outra iniciativa é o projeto Já Fui Bag, que recolhe as mochilas do iFood que já não estão mais em condições de uso e transforma o material em novos produtos, como sacolas e pochetes, ou até em combustível para a indústria. Entre 2020 e 2021, 124 toneladas de bags já foram recuperadas em vez de ir para o aterro.
Reduzir, repensar, reciclar. Que bom que cada vez mais empresas têm consciência de seus impactos e, cientes também de suas responsabilidades, desenvolvem importantes projetos voltados à regeneração, reciclagem e uso adequado de materiais de consumo único.