Preocupada com a sociedade e com o meio ambiente, a Dinâmica Ambiental inicia o programa Dinâmica Socioambiental, que tem como objetivo incentivar as cooperativas e a população a destinarem os resíduos da forma correta, em especial as embalagens de aerossol.

As latas de aerossóis são classificadas como resíduo potencialmente perigoso, com características especiais. Parte deles envasam substâncias químicas perigosas, como, por exemplo, inseticidas, óleos e tintas. Além disso, o sistema de dispensa dos produtos é composto por um gás propelente inflamável.

Mesmo após o uso completo do conteúdo das latas de aerossol, ainda permanece um residual do produto e, principalmente, do gás propelente – o que já foi a causa de sérios acidentes ambientais, pois a despressurização das latas exige condições adequadas de segurança.

Devido a essas peculiaridades, os sistemas de coleta seletiva adotados no Brasil, costumam excluir as latas de aerossol da categoria de materiais recicláveis, sendo necessária a adoção de práticas diferenciadas para o recolhimento, descontaminação e destinação ambientalmente correta dessas embalagens. Neste contexto, a Logística Reversa apresenta-se como excelente alternativa para amenizar ou mesmo solucionar o problema que é o descarte de embalagens de aerossóis.

A Logística Reversa Empresarial das embalagens de aerossol tem como papel central, fazer com que a partir do consumidor final, as embalagens retornem ao comerciante, indústria ou mesmo prestadores de serviços, para que seja dado a esse resíduo, a destinação adequada.

A cooperativa é um exemplo de como a questão da eliminação dos resíduos e a organização dos trabalhadores no setor está evoluindo no país, sendo que a correta gestão dos resíduos depende de trabalhos que envolvam o setor público e privado, unindo esforços para esclarecer aos consumidores a importância de se reciclar os aerossóis.

Para alcançar esse objetivo, é fundamental ampliar e fortalecer as atividades das cooperativas.

“Temos uma enorme preocupação com a forma como são destinados os aerossóis pelas cooperativas de reciclagem”, comenta Mara Santos, uma das coordenadoras do projeto.

A Cooperativa Chico Mendes, localizada em Diadema, um dos maiores centros industriais de São Paulo, está engajada com as questões ambientais e se mostra inteiramente proativa a contribuir para o correto descarte das embalagens de aerossóis. Seus membros orgulhosamente fazem da reciclagem o melhor caminho nas esferas ambiental e social.

Como acontece hoje?

Atualmente, parte das empresas destina as embalagens de aerossol como resíduo classe I – perigoso, porém esta destinação não é ambientalmente segura em função da presença dos gases inflamáveis e também não é economicamente viável, uma vez que se perdem materiais de valor comercial apreciável que poderiam estar sendo aproveitados pela reciclagem.

Outra parte das empresas envia as embalagens de aerossóis como sucata metálica, para as cooperativas de materiais recicláveis. Esse é também o destino dado por parte da população através dos sistemas de coleta seletiva domiciliar.

Os cooperados têm conhecimento da Política Nacional dos Resíduos Sólidos e sabem que muito podem fazer para melhorar o gerenciamento das embalagens de aerossóis pós-consumo.

“Temos que fazer valer a logística reversa”, diz Luciana Ferreira, colaboradora da Cooperativa Chico Mendes há mais de cinco anos.

Programa Dinâmica Socioambiental

A Dinâmica Ambiental disponibilizou tambores específicos para o descarte de aerossóis para a Cooperativa Chico Mendes. As embalagens serão compradas pela Dinâmica, que dará o tratamento adequado às latas de aerossol.

Ao implantar um programa de gestão das embalagens de resíduos dentro das cooperativas, a Dinâmica não está somente atuan­do de maneira politicamente correta com o meio ambiente, mas também se comprometendo com questões sociais, ajudando a fortalecer estes importantes grupos na cadeia da reciclagem.

A ideia principal do projeto é promover ações, por meio de parcerias, que garantam a correta destinação dos resíduos de forma social, econômica e ambientalmente viável.