Cidade norte-americana traça metas que visa reduzir em 25% as emissões de gases de efeito estufa até 2028
A Incubadora de Tecnologia Limpa de Los Angeles (LACI) e seus parceiros lançaram o Zero Emissions 2028 Roadmap 2.0, um projeto que tem como objetivo acelerar a implantação de carros, ônibus e caminhões elétricos na cidade, além de convencer os moradores do município a adotarem opções de transporte menos poluentes.
O projeto, considerado ambicioso, trará muitos benefícios ao meio ambiente e aos moradores da região: uma melhor qualidade do ar e uma considerável redução nas emissões de gases de efeito estufa, oriundas do sistema de transporte local. Esse plano fará de Los Angeles uma das cidades mais ecológicas dos Estados Unidos, pois a meta vai 25% além do que é estabelecido pela lei do Estado da Califórnia e do Acordo Climático de Paris.
Para que esta meta seja atingida, os envolvidos no processo se comprometeram a trabalhar individual e coletivamente em direção à redução de 25%. E dentre as ações, estão a instalação de mais de 80 mil estações de carregamento para veículos elétricos, além de incentivo para motoristas de baixa renda poderem adquirir carros elétricos.
Até 2028, espera-se que 30% dos carros em circulação sejam elétricos e 80% dos novos veículos vendidos também sejam movidos a energia. E essa meta não se restringe aos carros de passeio: caminhões também serão movidos a energia elétrica e uma importante estrada que leva ao porto se tornará o primeiro corredor de movimentação de mercadorias com zero emissões de carbono.
Cidade ecológica em meio ao deserto
As iniciativas de cidades sustentáveis já vêm ocorrendo em outros locais do mundo. Nas proximidades de Dubai, nos Emirados Árabes, existe uma cidade totalmente movida a energia solar e outras tecnologias limpas. São 500 vilas agrupadas em cinco conjuntos residenciais conectados a uma fazenda urbana, tudo isso cercado por 2500 árvores.
Aberta aos moradores em 2016, a chamada Cidade Sustentável é um local projetado para usar o mínimo possível de energia e água. Lá, os moradores utilizam bicicletas ou veículos elétricos como meio de transporte, que podem ser compartilhados. As casas foram projetadas para evitar que se aqueçam demais e, para isso, receberam uma tinta especial que ajuda a refletir a luz solar, que ajudam a torná-las mais frescas. As águas utilizadas nas residências são tratadas e reaproveitadas para irrigar as áreas verdes. Até a mesquita da cidade é sustentável, construída com o apoio de tecnologias inovadoras que visam minimizar o consumo de água e energia.
Em 2018 a cidade atingiu quase toda a sua ocupação disponível, sendo formada por cerca de 2.700 pessoas de 64 diferentes nacionalidades. No primeiro ano de fundação da cidade, o total da geração de resíduos foi de apenas 1,01 kg por pessoa. Desse total, 84% foram separados e encaminhados para a reciclagem. Todas as iniciativas sustentáveis da população contribuíram para evitar a emissão de 6.741 toneladas de gases de efeito estufa.