Estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços sofrem com a conta de energia elétrica, pois seus custos são elevados demais, causando prejuízo financeiro. Agora, esse encargo negativo tem sido aliviado com o investimento e aproveitamento de energia solar.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil acaba de atingir a marca histórica de 300 megawatts (MW) de potência instalada em sistemas de geração e minigeração distribuída de energia solar fotovoltaica.
Essa energia é gerada em painéis instalados em miniusinas nos telhados de casas, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Minas lidera o ranking nacional com 22,9% da potência instalada no país. Enquanto as usinas nucleares Angra I e II possuem capacidade instalada de 2 GW.
Movimentos dos pequenos e grandes fizeram a capacidade instalada do setor crescer 33% só nos primeiros cinco meses de 2018, no qual alcançou 1,571 GW em maio. Segundo a Absolar, até o final do ano, o setor poderá ter alcance de 2,4 GW, aumento anual de 103%.
No entanto, essas taxas de crescimento se devem a pequena base de comparação. A energia solar ainda engatinha e representa 0,75% da matriz energética do Brasil.
Baixa dos custos
Os projetos solares no último leilão, responderam quase 80% de energia negociada e saíram a preços super competitivos na faixa de R$ 118 por megawatt por hora, R$ 25 a menos do que os últimos cinco meses. O preço negociado há quatro anos, foi de R$ 215,12 MW por hora, bem diferente da baixa de custos atual.
Essa competitividade de valores acendeu uma luz de alerta ao mercado.
Energia solar no Brasil
Atualmente, o Brasil possui mais de 30 mil sistemas de geração fotovoltaicos instalados em lajes e telhados. Em residências há mais de 77,2%, que enviam energia para o sistema, obtendo descontos na conta de luz.
Para quem deseja instalar a energia solar em sua casa ou negócio, ficou muito mais fácil. Já que estimular um preço tem sido facilitado através do projeto desenvolvido pela ONG WWF em parceria com o Banco do Brasil, que oferece crédito para a instalação com juros de 0,25% ao mês.
Segundo Ricardo Fujii, analista de conservação da WWF, as calculadoras fotovoltaicas são criadas pelos próprios revendedores de painéis, com parâmetros otimistas. Ele ensina que um sistema voltaico ideal deve gerar 85% do consumo familiar, já que o custo de acesso à rede elétrica é fixo de 15%.