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Empresas antecipam padronização de relatórios ESG, revela estudo da Deloitte

A sustentabilidade e as práticas ESG (Environmental, Social, and Governance) estão se tornando cada vez mais importantes para as empresas como forma de demonstrar responsabilidade social e como um fator crucial para atrair investidores e fortalecer a cultura organizacional.

Um estudo recente da Deloitte revelou que mais da metade das empresas pesquisadas planeja aderir às normas internacionais de sustentabilidade antes do prazo determinado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Relações com Investidores: uma área em ascensão

A pesquisa, realizada com 51 empresas, das quais 37% estão listadas na B3 e 18% no exterior, destaca o papel crescente da área de Relações com Investidores (RI) no crescimento sustentável das organizações.

Atualmente, 76% das empresas possuem uma área de RI estruturada, sendo que 51% implementaram essa estrutura nos últimos cinco anos. Além disso, 57% das empresas contam com um comitê administrativo dedicado a iniciativas ESG.

As novas regulamentações da CVM enfatizam a necessidade de um profissional especializado em ESG para estabelecer métricas, comunicar objetivos e integrar essas pautas nas áreas de negócio. Entre as empresas que ainda não possuem esse especialista, 22% pretendem contratar nos próximos anos.

Desafios e benefícios da adoção das novas normas

A adoção das novas normas de sustentabilidade apresenta alguns desafios para as empresas, como custos, identificação de métricas relevantes e conexão dos relatórios ESG com os financeiros. Os principais obstáculos apontados pelas empresas incluem:

  • Falta de padronização de dados (60%)
  • Informações dispersas (58%)
  • Dificuldade em mensurar impactos financeiros (52%)
  • Falta de equipe especializada (42%)

Apesar desses desafios, 70% das empresas já adotam algum tipo de framework para padronizar seus relatórios. As novas regulamentações visam aumentar a clareza e comparabilidade dos relatórios (73%), ajudar no desenvolvimento de políticas de controle (64%) e mitigar riscos como greenwashing e outras práticas inadequadas (51%).

Inteligência artificial e redes sociais: o futuro das relações com investidores

A pesquisa também abordou o uso de inteligência artificial (IA) e inteligência artificial generativa (GenAI) nas relações com investidores. Embora apenas 17% das empresas já utilizem essas tecnologias, 35% planejam adotá-las no próximo ano. As áreas mais impactadas incluem automação de relatórios, análise financeira e comunicação com investidores.

No entanto, a necessidade de capacitação (70%) e a garantia de transparência e segurança de dados (53%) são desafios a serem enfrentados pelas empresas na incorporação dessas novas tecnologias.

Com o crescimento dos investidores pessoas físicas, as redes sociais se tornaram uma fonte importante de informações sobre economia e investimentos para 84% das empresas. Além disso, 55% acreditam que os influenciadores financeiros (finfluencers) contribuem para o aumento do número de investidores individuais.

Enquanto 37% das organizações enxergam positivamente o impacto dos influenciadores no mercado de investimentos, 18% discordam, apontando a comunicação inadequada dos fatores de risco e a falta de transparência como principais motivos. Cerca de 45% das empresas consideram a popularização dos finfluencers como neutra para o mercado de relações com investidores.

A maioria das empresas (82%) defende uma regulação mais rígida pela CVM e Anbima para mediar a relação entre influenciadores e investidores.

Diversidade e inclusão: uma pauta em crescimento

O estudo da Deloitte também indica que as iniciativas de diversidade, equidade e inclusão estão ganhando força nas empresas, com mais de um terço delas em estágio intermediário e 26% em estágio avançado. Os principais motivadores para a promoção dessas práticas incluem:

  • Fortalecimento da cultura organizacional (70%)
  • Demonstração de responsabilidade social corporativa (70%)
  • Políticas e compromissos inerentes da empresa (62%)
  • Atração de talentos (60%)

Conclusão

A pesquisa da Deloitte evidencia a crescente importância da sustentabilidade e das práticas ESG para as empresas como um fator estratégico para atrair investidores e fortalecer a cultura organizacional.

A antecipação da padronização dos relatórios ESG, o uso de inteligência artificial e a presença nas redes sociais são tendências que devem moldar o futuro das relações com investidores.

Além disso, a promoção da diversidade, equidade e inclusão se mostra cada vez mais relevante para as empresas, tanto como uma demonstração de responsabilidade social quanto como uma estratégia para atrair e reter talentos.

E você, como avalia a importância da sustentabilidade e das práticas ESG para as empresas? Compartilhe sua opinião nos comentários!

Com informações de: ESG Insights