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Brasil planeja diminuir 10% de emissões de carbono até 2028

O conselho deliberou uma meta que representaria a retirada de 600 milhões de toneladas de carbono da atmosfera, nos próximos dez anos. Além disso, a proposta deve aumentar a demanda por etanol no país dos atuais 26,7 bilhões para 47 bilhões de litros ao ano, o que equivale a 76%.

Se a meta for aprovada pelo presidente Michel Temer, o mercado de etanol terá tal crescimento, e o de biodiesel irá de 5,7 para 11,1 bilhões de litros, de acordo com cálculo feito pela consultoria especializada, Datagro.

Segundo Moreira Franco, ministro de Minas e Energias, o RenovaBio é o segundo Pró-Álcool, um caminho de mudança e transformação, no qual será responsável por importantes conquistas de emissões de gases de efeito estufa. Antes, o Pró-Álcool era somente para brasileiros. Hoje, é uma solução ambiental mundial.

Créditos de carbono

De acordo com Luciano Rodrigues, economista-chefe da União da Indústria Canavieira, a RenovaBio é inovadora à medida que o benefício ambiental adquire valor, e cada tonelada de carbono se transformará em um título que poderá ser comercializado em bolsas de valores.

O chamado CBios (Crédito de Descarbonização) será créditos que as distribuidoras irão adquirir com os produtores de biocombustíveis a fim de cumprir os objetivos anuais de redução de emissões.

Pelo que consta até o momento, as distribuidoras que não atingirem o objetivo anual, comprovado através do crédito, poderá levar multa de até 150 milhões de reais.

Para que a emissão dos créditos aconteça, a ANP (Agência Nacional de Petróleo) está estudando junto a entidades sucroenergéticos como o processo de certificação dos produtores ocorrerá.

Além disso, haverá uma ferramenta chamada “Renovacalc”, no qual a usina abrirá a calculadora para lançar dados de seu processo produtivo, que serão validados por uma auditoria.

A emissão e controle do CBio será discutido pelo governo federal junto a Federação Brasileira de Bancos e a Bolsas de Valores, de acordo com a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar). A previsão para a regulamentação sair é até final de 2018.

Energia elétrica

A RenovaBio também deve estimular indiretamente a produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Isso se explica, porque a usina que gera eletricidade não consome de fontes poluidoras.

Dados divulgados pela Unica apontam que a capacidade instalada a partir da biomassa da cana é de 11,3 mil megawatts, muito superior à potência da usina Belo Monte.

Em contrapartida, há certa preocupação do setor em relação à expansão da bioeletricidade. Em 2010, a biomassa representou 32% do crescimento anual e em 2017, o índice caiu para 7% e deve reduzir 1% este ano.

A questão é não só pensar no lado biocombustível, mas também no setor elétrico, estimulando a contratação da bioeletricidade de forma robusta.

Segundo Paulo Octávio de Almeida, vice-presidente da Reed Exhibitions, a partir de 2020 haverá uma previsão de investimento no setor por conta da expansão do etanol provocada pela RenovaBio.