De todas as preocupações em torno das mudanças climáticas, qual você imagina ver mais latente atualmente? Qual será uma das maiores preocupações do ser humano nos dias atuais? Facilmente vem à cabeça as questões climáticas e, principalmente, de acesso a água. Indo além, é hora de reforçarmos um debate em torno da ESG (Environmental, Social and Governance), que é o impacto que as empresas têm em três áreas superimportantes: meio ambiente, social e governança corporativa.
A adoção de práticas ESG é vista como uma forma de garantir a sustentabilidade a longo prazo das empresas e dos investimentos. Ou seja, transformar o desenvolvimento (e melhorias!) das organizações sempre tendo como norte o ser sustentável, o ser consciente.
Há uma tendência crescente de que os clientes e a sociedade em geral estejam cada vez mais interessadas em produtos e serviços que carregam e semeiam impacto positivo no meio ambiente. Por isso, ganha-se destaque e ajuda as empresas a reduzirem riscos, o custo de capital e ainda aumenta o valor da organização. É mais-valia internamente e externamente.
Vale reforçar que empresas sustentáveis geram um valor enorme tanto para quem trabalha dentro dela como para a sociedade. Hoje (e de agora em diante) o olhar consciente para a sustentabilidade é fundamental. Ainda mais quando falamos em riscos econômicos, sociais e ambientais, certo?
Ao incorporar o ESG ao negócio, fica mais claro qual é o consumo de matéria-prima, as mudanças climáticas e o desenvolvimento socioeconômico que permeiam a organização. Também, como suas atividades afetam a renda, a riqueza e o crescimento global no futuro – algo que precisa estar, mais do que nunca, enraizado no dia a dia.
Vamos trazer para o lado prático. Acordar de manhã cedo em um dia de verão para ir trabalhar. Muitas pessoas pensam logo no banho que vão tomar. Ao meio-dia, calor escaldante, é hora de outro banho. E ao final do dia, com as costas e as testas suadas por conta dos mais de 30º graus lá fora? Outro banho. Pareceu muita coisa todos esses banhos? Pois o brasileiro toma, em média, 12 duchas por semana. Ou seja, algo em torno de 2 chuveiradas a cada dia. E a cada entrada no chuveiro são liberados cerca de 135 litros de água, em um banho de apenas 15 minutos – fora os afazeres com lavagem em geral.
Do outro lado, temos 3% de água doce disponível no mundo todo. E, de acordo com a ONU, até 2050 mais ou menos 5 bilhões de pessoas sofrerão com a falta de água. Só no Brasil, por exemplo, já temos 35 milhões de pessoas sem acesso a ela.
Então, como a ESG apoia as mudanças necessárias para um consumo consciente de água, por exemplo? Seja o desenvolvimento de ferramentas para monitoramento do consumo de água, ou a implementação de tecnologias sustentáveis ou mesmo de políticas de conservação de água, ou ainda a busca pela obtenção de certificações ecológicas, tudo isso são práticas ESG de combate ao desperdício.
O lance é por ideias inovadoras para fora da caixa e executá-las. Que tal um sistema de economia de água? Quem sabe até um sistema de monitoramento remoto, que possibilita às pessoas acesso aos parâmetros hidráulicos de seu estabelecimento, 24 horas por dia, na palma da mão?
Ao adotar práticas como essas, as empresas não apenas contribuem para a sustentabilidade ambiental, mas também podem reduzir seus custos operacionais, melhorar a eficiência e a produtividade e melhorar a reputação e a imagem da marca.Tudo é possível. Só é preciso bons parceiros. E vontade para mudar.
Fonte: T&D Sustentável