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O consumo colaborativo é uma nova forma de adquirir itens, bem como vender e negociar a partir dos interesses em comum dentro de uma comunidade — que pode ser de apenas duas pessoas. Trata-se de uma maneira de oferecer um serviço sem a necessidade de que haja novas produções, o que torna o consumo menos prejudicial para o meio ambiente e mais econômico para quem está consumindo.

Imagine, por exemplo, que seu vizinho pede uma quantidade de açúcar para fazer um rocambole. Você dá e, quando o rocambole fica pronto, ele te dá um pedaço. Vocês participaram de uma economia colaborativa, na qual os dois saíram com os resultados proporcionais à participação de cada um.

Quando falamos de consumo colaborativo de uma forma mais ampla, com negócios inteiros partindo da ideia de “dar e receber”, as vantagens são maiores do que simplesmente ganhar um pedaço de bolo. Este modelo de consumo gasta menos matéria-prima, energia e recursos, destacando este modelo como ideal para evitar o desperdício e ajudar o planeta.

O lixo também é reduzido por meio do consumo colaborativo, ajudando na redução da poluição ambiental e do acúmulo de resíduos na natureza. Para o consumidor, o grande benefício está mesmo na economia, já que ele estará adquirindo um produto seminovo, ou um serviço de menor custo para o vendedor.

Consumo colaborativo no Brasil

O consumo colaborativo no Brasil ainda não está tão forte como em outras partes do mundo, mas vem crescendo cada vez mais. O que impede a população de entrar de cabeça, na maioria das vezes, é a falta de confiança neste tipo de modelo. Aos poucos, porém, as vantagens do consumo colaborativo estão ganhando espaço e conquistando até mesmo aqueles que vivem desconfiados. Confira a seguir alguns exemplos de consumo colaborativo que já estão dando bons resultados no País:

Exemplos de consumo colaborativo aplicados no Brasil

Hospedagem

O turismo colaborativo é um dos maiores exemplos de sucesso deste modelo de consumo no Brasil. Sites e aplicativos como Airbnb e Couch Surfing cresceram bastante ultimamente, oferecendo uma plataforma na qual pessoas podem anunciar suas casas e apartamentos para quem deseja se hospedar por um tempo. É mais barato que um hotel e funciona como renda extra para o dono do imóvel.

Carona

A carona sustentável é uma prática que tem dado muito certo. Segundo uma pesquisa recente da SPC Brasil, 39% dos brasileiros já usam aplicativos deste tipo para ir para o trabalho ou escola. Trata-se de um serviço diferente do Uber (que abriu as portas para esse modelo), pois se trata de um compartilhamento que não necessariamente oferece lucros para o motorista, mas sim a divisão de custos. Exemplos incluem Bynd e BlaBlaCar.

Objetos

Uma opção que faz um sucesso tremendo é a de consumo colaborativo de objetos e bens. O Enjoei e Buscalá, por exemplo, oferecem um espaço para que qualquer um possa anunciar seus bens para qualquer que queira comprar. O Joaninha, por outro lado, foca no aluguel de brinquedos para crianças, ao invés da venda. Há ainda aplicativos para aluguel de bolsas, malas e de roupas, entre outros itens.