Enquanto os testes em laboratório envolvendo qualquer animal podem ser repletos de controvérsias, a comunidade científica vem utilizando ratos experimentalmente por décadas, sem objeção vocal da sociedade. Talvez, a reputação destes animais como “desagradáveis, vermes e cheios de doenças” fazem com que as pessoas não achem ruim que os mesmos sejam usados para fins científicos. Diversos pesquisadores e cientistas raramente usam esses animais de origem desconhecida em testes de laboratório. Ratos criados com cuidado e com histórias genéticas documentadas são usados por uma série de razões, incluindo a sua reprodução frequente, pureza genética e semelhanças com a biologia humana.
Outros animais também são utilizados, como, por exemplo, os cachorros. Porém, neste caso, a sociedade se revolta e incentiva o não consumo das marcas que usam cães em seus experimentos. Um grande número de testes de laboratórios realizados em ratos envolve a segurança dos produtos químicos, quer utilizados em medicamentos, produtos alimentares ou cosméticos.
Porque eles são mamíferos, os sistemas devem reagir com estas substâncias químicas de uma forma semelhante aos de um sujeito em teste humano. A fim de ser considerado suficientemente seguro para o consumo ou a exposição humana, um novo composto químico deve ser primeiro testado em outros mamíferos.
Os ratos de laboratório são, muitas vezes, alimentados em quantidades extremamente elevadas de um novo aditivo alimentar ou têm injetadas altas doses de um novo composto químico. Teoricamente, se o produto do teste é completamente seguro para os seres humanos, ele não deve se importar se ingerem duzentas vezes os níveis recomendados.
Outra razão pela qual os laboratórios usam animais como o rato é por conta de sua consistência genética. Aqueles criados para testes são testados para todos os defeitos genéticos que podem afetar os resultados dos experimentos. Somente animais com histórias genéticas conhecidas são candidatos para tais.
E, também, os ratos tendem a se reproduzir com frequência, sendo que os seus descendentes também podem ser testados por quaisquer anormalidades genéticas, possivelmente causadas por exposição ao produto de teste. Uma vez que os pesquisadores saibam de quaisquer predisposições genéticas para ganho de peso ou a formação de câncer, por exemplo, eles podem eliminar de forma segura esses fatores relacionados ao produto de teste.
Porque os ratos se reproduzem rapidamente e tendem a ter grandes ninhadas, os pesquisadores não têm de esperar muito tempo para avaliar os resultados dos testes em suas gerações. Embora a questão da experimentação animal continue a ser controversa, não pode haver dúvida de que o uso de certos seres vivos em estudos de laboratório tem proporcionado uma série de avanços nas indústrias médica, de alimentos e cosméticos. Um número relevante de testes de laboratórios realizados em ratos envolve a segurança dos produtos químicos, utilizados em medicamentos, produtos alimentares ou cosméticos.
Os testes com animais são experimentos realizados com o intuito de produzir conhecimento científico aos seres humanos, como a elaboração de novas drogas, novos métodos cirúrgicos, vacinas, terapia gênica, etc. Entretanto, a legitimidade de tais testes é polêmica e frequentemente promove embates entre parte da comunidade científica que apoia os teste e grupos de defesa dos direitos animais.