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Diante das crises climáticas, PIB mundial pode encolher 22% até 2100

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Um estudo recente do Boston Consulting Group (BCG) e da Alliance of CEO Climate Leaders do Fórum Econômico Mundial (WEF) revela que desde o início dos anos 2000, os desastres relacionados às mudanças climáticas causaram prejuízos econômicos superiores a US$ 3,6 trilhões (aproximadamente R$ 21 trilhões). O relatório alerta que a inação pode resultar em perdas de até 22% no PIB global até o final do século.

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Isso porque o aumento das temperaturas globais está intensificando secas, tempestades e incêndios florestais, agravando os danos à economia. Oceanos mais quentes alimentam tempestades mais fortes, enquanto o aumento da umidade no ar eleva os riscos de inundações.

Apesar dos impactos evidentes, menos de 20% das mil maiores empresas do mundo estabeleceram metas alinhadas ao Acordo de Paris. Menos de 10% possuem planos abrangentes para zerar emissões, e quase 40% não têm qualquer compromisso de neutralidade de carbono.

Riscos para os negócios e setores mais afetados

Ricardo Pierozzi, diretor executivo e sócio do BCG, aponta que até 25% do EBITDA está exposto a riscos climáticos, especialmente em setores como utilidades, comunicações, construção e infraestrutura. Empresas que não investirem em descarbonização podem enfrentar sanções regulatórias e desvalorização de mercado.

Por outro lado, o estudo revela que companhias que adotam medidas de adaptação têm retornos significativos, variando de US$ 2 a US$ 19 para cada US$ 1 investido.

Recomendações estratégicas para empresas

Pierozzi sugere três ações estratégicas para CEOs e conselhos de administração:

  • Proteger os negócios existentes através da redução de emissões e aumento da resiliência operacional.
  • Revisar alocações de capital para explorar novas oportunidades alinhadas à estratégia climática.
  • Estruturar governança, processos e sistemas para monitorar riscos e identificar oportunidades de crescimento sustentável.

As empresas que se anteciparem às mudanças climáticas e adotarem estratégias sustentáveis tendem a se posicionar melhor no mercado, garantindo maior resiliência econômica e capturando novas oportunidades de valor.

Com informações de Revista Exame

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