O material é mais resistente que o concreto, porém preserva a leveza do plástico.
Nzambi Matee é uma engenheira de materiais de 29 anos que conseguiu desenvolver um revestimento feito a partir de plástico reciclado, mais resistente que o concreto. A criação rendeu a ela e à sua equipe o prêmio Jovens Campeões da Terra, do Programa Ambiental das Nações Unidas.
A sua empresa, Gjenge Makers, utiliza resíduos plásticos que não podem mais ser processados e nem reciclados. Com este material, são produzidos cerca de 1000 a 1500 tijolos por dia na fábrica em Nairobi, Quênia.
O resíduo plástico é inicialmente misturado à areia em uma máquina em temperaturas extremamente altas, agindo como um aglutinante. Em seguida, a pasta misturada é comprimida na próxima máquina, onde ganha a forma de tijolo, tornando-se um material extremamente forte e durável.
Além disso, em comparação com os tijolos normais, os da startup queniana são mais leves, o que facilita muito tanto o transporte como a instalação. A equipe reciclou 20 toneladas de plástico desde 2017 e criou 120 empregos em Nairóbi. Além disso, os tijolos Gjenge também são uma das opções mais acessíveis do mercado. Eles custam aproximadamente US$ 7,70 por metro quadrado.
De acordo com a startup, a resistência do material é comprovada. As peças de 60 mm são fortes o suficiente para serem usadas em estacionamentos e estradas, enquanto as mais leves, de 30 mm, podem ser usadas em áreas residenciais e calçadas.
A equipe também tem ainda o objetivo de expandir as suas vendas para outros países africanos e, finalmente, abrir-se para o mundo.
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