Estudo feito pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos apontou os desafios que precisam ser vencidos para promover a logística reversa de medicamentos.
O documento divulgado neste mês e denominado Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica do Sistema de Logística Reversa de Medicamentos, tem como objetivo atender a uma demanda conjunta de 16 entidades ligadas à indústria, distribuição e varejo, para chegar a um modelo de destinação adequada de medicamentos de uso domiciliar, vencidos ou em desuso, após o descarte pelo consumidor.
De acordo com a pesquisa, trata-se de uma cadeia que envolve mais de 80 mil participantes, uma média de 5.800 toneladas de medicamentos recolhidos em 2.226 municípios e bilhões de embalagens.
Análise
O estudo analisou três vertentes para implantação do programa: ponto fixo, campanhas (farmácias e locais públicos) e adoção de farmácias à ação. Tanto a instalação de um ponto fixo como a de adoção de farmácias necessitariam de investimentos estimados em R$ 334,3 milhões ao ano, de acordo com o estudo. Já as campanhas teriam um custo potencial de operação de R$ 215 milhões.
Durante a condução da pesquisa, constatou-se uma série de desafios para a implementação de um sistema de destinação ambientalmente adequado de medicamentos. Uma das questões observadas diz respeito à necessidade de classificar os medicamentos e/ ou resíduos desse produtos conforme seu grau de risco e garantir a destinação ambientalmente adequada, já que há limitação de pontos de destinação em grande parte do território.
Outro ponto é a baixa incidência de empresas especializadas em destinação final adequada.
A mudança desse cenário depende do envolvimento de todas as partes envolvidas no processo: sendo os desafios tratados conjuntamente entre indústria, distribuidor, farmácia, consumidor e governo.
Contribuição
Fazer o descarte de medicamentos vencidos ou que sobraram de algum tratamento feito, jogando-os no lixo comum ou no esgoto doméstico, não é o meio correto. Os sistemas de tratamento de esgoto não conseguem eliminar algumas substâncias dos remédios. A ação, então, resulta na contaminação do meio ambiente, trazendo prejuízos aos seres que nele habitam.
Sendo assim, ao precisar se desfazer de algum medicamento, verifique se se as farmácias próximas de você trabalham com programa de coleta desses produtos. Caso não, procure a Vigilância Sanitária.
Descartados corretamente, a maior parte dos medicamentos e produtos químicos é incinerada (queimada) em usinas preparadas ambientalmente para essa ação.