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Jovens criam mecanismos para combater a poluição de microplásticos

Soluções inovadoras para um problema que preocupa.

O jovem Fionn Ferreira, de 18 anos, desenvolveu um novo método para a extração de microplásticos, ou partículas de plástico com menos de 5 milímetros de diâmetro, como parte da Google Science Fair, uma competição on-line aberta a estudantes de 13 a 18 anos.

Foto: ABC NEWS

O estudante se inspirou para lançar o projeto depois de crescer perto da costa em West Cork, Irlanda, onde se tornou cada vez mais consciente da poluição dos oceanos por plásticos. Por morar em uma área tão remota, ele teve que construir seu próprio equipamento e laboratório para realizar testes e experimentos, disse ele. Em seu site, Ferreira se descreve não apenas como um cientista, mas também como músico, jardineiro, educador, empresário e inovador.

Cientistas encontraram microplásticos nas regiões mais distantes do oceano, desde as águas mais profundas da Fossa das Marianas até o Ártico e a Antártica, e todo o ecossistema marinho está contaminado. O plástico normalmente acaba nos oceanos através dos rios depois de ser arrastado para os esgotos pela água da chuva ou soprado pelo vento em corpos d’água que fluem para os rios e, por fim, para o oceano.

O método de Ferreira consiste em misturar óxido de ferro magnetizado e óleo vegetal, criando uma substância que atrai as partículas de plástico. Este “ímã líquido” coleta microplásticos que podem ser removidos da água por magnetismo.

Depois de 5 mil testes, foi comprovado que o método criado por Fionn é capaz de limpar de 87% a 93% dos microplásticos da água. Essa inovação pode fornecer aos ambientalistas uma maneira de limpar as menores partículas de plástico que nunca se quebram e permanecem na água indefinidamente.

Orgulho verde e amarelo

Pensando em inovações, nós não ficamos para trás! Um estudante de Itajaí, em Santa Catarina, ganhou um prêmio internacional com a invenção de um filtro que retira microplásticos da água. Gabriel Fernandes Mello Ferreira, de 17 anos, é o primeiro brasileiro a ganhar o Prêmio Jovem da Água de Estocolmo, que reconhece iniciativas que melhorem a qualidade da água. O jovem concorreu com 32 estudantes de todo o mundo. A votação popular, com 26 mil votos, deu ao estudante a vitória pela inovação.

Foto: Ciclo Vivo

O Semasa, Serviço Municipal de Água e Saneamento de Itajaí, vai instalar o filtro criado pelo estudante nos próximos dias em uma estação de tratamento.

A preocupação com os microplásticos surgiu quando Rafael decidiu que iria fazer algo pelo meio ambiente. Durante a pesquisa, ele afirma que se deparou com dados assustadores.
“A pesquisa que mais me chamou atenção é a que falou que em uma semana a gente ingere a mesma quantidade de plástico que um cartão de crédito. Em um mês, um bloquinho de Lego. Em um ano, um capacete. Então é muita coisa. A gente ingere muito microplástico”, relembra.

O plástico fica em um formato muito pequeno depois que garrafas ou outros objetos ficam muito tempo expostos no meio ambiente. A ação do sol e do vento vai quebrando o material em várias partes; ao longo dos anos, por exemplo, uma garrafa pode se transformar em milhares de micropartículas. Elas chegam até os seres humanos por meio do consumo de peixes e derivados. Para ajudar a mitigar esse problema, o estudante trabalhou em um filtro que retira esse material da água. “Todo o material sólido que é retido numa estação de tratamento de água ele vira o que a gente chama de lodo. Então reter esses materiais plásticos já no início do processo permite que a gente não tenha esse microplástico depois no lodo. E ele também vai permitir que a gente consiga mensurar a quantidade de microplástico que efetivamente está entrando na estação de tratamento de água”, conclui o diretor de Saneamento Semasa, Victor Silvestre.

Ver a nova geração preocupada com o meio ambiente enche nossos corações de esperança para um futuro mais sustentável!

Fontes: ABC News | G1 | CicloVivo