A usina SGH2 foi pensada para transformar resíduos em energia limpa, numa escala que nenhuma usina similar já havia feito antes
Uma empresa global de energia dos Estados Unidos está lançando a maior unidade de produção de hidrogênio verde do mundo. A planta conta com uma tecnologia pioneira que utiliza resíduos de papel, plástico, entre outros, para produzir um hidrogênio “super verde”.
A tecnologia empregada pela SGH2 reduz de duas a três vezes mais as emissões de carbono, se comparado ao hidrogênio (também “verde”) produzido usando eletrólise e energia renovável. Além disso, o seu custo pode ser de cinco a sete vezes menor.
A tecnologia foi desenvolvida pelo cientista da NASA Salvador Camacho e pelo CEO da SGH2, biofísico e médico, Robert T. Do e permite gaseificar qualquer tipo de resíduo, seja plástico, papel, pneus e até tecidos, que servem de matéria-prima para a produção de hidrogênio. “O mundo precisa de boas notícias e nós as temos. O nosso hidrogênio verde é acessível, confiável e será produzido em larga escala. É o elo que falta para descarbonizar o mundo”, disse Dr. Robert T. Do.
Capacidade de produção
A usina SGH2 tem a capacidade de produzir até 11 mil quilos de hidrogênio verde por dia e 3,8 milhões de quilos por ano – quase três vezes mais do que qualquer outra instalação de hidrogênio verde, construída ou em construção, em qualquer outro lugar do mundo.
A instalação processará 42 mil toneladas de resíduos reciclados anualmente. A cidade de Lancaster, na Califórnia, onde fica a usina, fornecerá a matéria-prima necessária e economizará entre 50 e 75 dólares por tonelada, deixando de enviar resíduos para os aterros.
O hidrogênio verde produzido pela SGH2 será usado para reabastecer estações de hidrogênio em todo o sul da Califórnia, alimentando carros e ônibus elétricos.