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Aquecimento global favorece o surgimento de espécies híbridas

As alterações no clima do planeta trazem repercussões para a natureza e para os animais, que cada vez mais sofrem impactos em seus habitats. Uma dessas consequências é a recente aproximação geográfica que vem ocorrendo entre ursos polares e ursos pardos na Rússia. Por conta do contato mais próximo em um mesmo ambiente, as duas espécies distintas estão mais propícias a acasalar entre si, dando origem a uma híbrida: os pizzlies, também conhecidos como ursos grolar.

Com o derretimento do gelo da cobertura do Ártico, os ursos polares são obrigados a se deslocar rumo ao interior dos territórios a fim de explorar novas regiões para caçar focas, seu principal alimento. Já os ursos pardos, com o aquecimento de áreas antes inabitáveis, exploram áreas mais ao norte do planeta, resultando na sobreposição do habitat das duas espécies.

A espécie híbrida traz comuns características de ursos polares e pardos em um só animal, o que facilitaria a sobrevivência dos animais frente às mudanças climáticas. No entanto, as características adaptativas dos ursos pardos podem fazer com que eles geneticamente se alimentem de ursos polares, colaborando para a extinção da espécie.

Pelo menos outras 22 espécies de mamíferos, como coiotes, lobos, focas, esquilos e lebres, correm risco de hibridação semelhante ao que vem acontecendo com os ursos e os cientistas acreditam que esse processo será mais frequente em um futuro próximo.

Embora seja considerado uma artimanha criativa da natureza para dar lugar a novas espécies, o fato é que, pela rapidez com que o gelo ártico está diminuindo, é provável que a hibridação conduza mais à extinção do que o contrário. Já existem pesquisas que alertam para esses riscos entre as populações de ursos polares até 2100.

Fontes: Uol | O Globo