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Resultado da mistura de dois líquidos guardados na mesma lata, os aerossóis são ativados a partir da pressão executada sobre uma válvula que permite a liberação de uma quantidade de líquido em forma de névoa ou spray. Diferentes substâncias podem ser dispersadas com aerossóis: tintas, veneno para insetos, desodorantes, cosméticos e agentes de limpeza.
O primeiro aerossol amplamente utilizado foi o repelente que, durante a Segunda Guerra Mundial, era usado por soldados americanos para se proteger dos insetos da arena do Pacífico. Depois da guerra, o mecanismo foi adotado por uma ampla gama de produtos, rapidamente se tornando um marco para o consumidor ocidental.
Até o final da década de 1980, os agentes mais utilizados para manter o líquido em estado de equilíbrio dentro da lata pertenciam a uma classe conhecida como clorofluorcarbonos (CFCs). Entretanto, esse tipo de produto sofre fotodecomposição quando é submetido à radiação ultravioleta, dividindo-se justamente na altura da camada de ozônio — onde a presença desses raios é constante.
Em 1989, quando se tornou claro que a utilização de CFCs contribui para a redução da camada de ozônio e para o aquecimento global, o Protocolo de Montreal pôs fim ao uso generalizado da substância. Desde então, outros propulsores têm sido utilizados nos aerossóis, como propano e isobutano — que são altamente inflamáveis e tóxicos —, ou óxido nitroso.
Embora ainda sofram um pouco de preconceito, por conta da associação com o CFC, essas alternativas são consideradas amigas da natureza. Além disso, a reciclagem do metal utilizado nas latinhas torna o produto ainda mais sustentável.