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A descaracterização de materiais é uma solução relacionada ao descarte de materiais de forma sustentável. Na origem dessa solução estão dois problemas coexistentes no âmbito das empresas: o descarte de resíduos no meio ambiente e integridade de informações e documentos. Entenda cada um deles a seguir:

Descaracterização de materiais: quando o processo é necessário?

Descarte de resíduos no meio ambiente

O problema relacionado ao descarte de resíduos no meio ambiente afeta quase todas as empresas, de uma forma ou de outra. Diante da degradação ambiental e do esgotamento dos recursos naturais, se tornou necessário que as indústrias e organizações busquem soluções para minimizar suas consequências.

Para que ocorra a produção de papel, por exemplo, é necessário que se extraia da madeira a celulose — o que só é possível por meio da derrubada de árvores, com alto custo para os ecossistemas e para o meio ambiente como um todo. A reciclagem e o reaproveitamento dos resíduos de papel, por sua vez, permitiria a redução da extração de recursos naturais: estima-se que cada vez que a economia reaproveita 50kg de papel usado, uma árvore a menos precisa ser cortada para alimentar a produção.

Por outro lado, o papel descartado no meio ambiente leva de três a seis meses para se decompor naturalmente, podendo colaborar para a ocorrência de inundações, envenenamento de animais e poluição do solo.

Integridade de informações e documentos

O outro problema a ser solucionado é a segurança da informação. Isso porque elementos como notas fiscais, arquivos, contratos e documentos bancários registrados em papel precisam de um descarte especial e que os inutilize por completo, de forma que seja preservada a integridade da informação neles contida.

É essencial que o descarte envolva a destruição de documentos confidenciais, de modo que as informações não possam ser reconstituídas e levadas a conhecimento do público, da concorrência ou de outros interessados.

Outras aplicações da descaracterização de materiais

Embora este artigo tenha usado como exemplo a descaracterização de papel, o processo é fundamental para diversos outros tipos de material e tem uma abrangência bem maior. Cartões magnéticos, CDS, DVDs, plásticos, vidros e potes de medicamento também podem ser submetidos à descaracterização.

Um material que merece destaque quando o assunto é descaracterização de materiais é o aerossol, facilmente encontrado nas embalagens de desodorantes, odorizadores de ambiente, inseticidas, produtos de limpeza e diversos outros tipos de produtos em spray. Estima-se que 130 embalagens de aerossol sejam equivalentes a um botijão de gás de cozinha, ou seja: possuem um enorme potencial de explodir quando entram em contato com faíscas e aumento de pressão. Para evitar acidentes, portanto, o descarte correto e a descaracterização de aerossóis são ações fundamentais.

Como é feita a descaracterização de materiais?

O processo de descaracterização de materiais inicia-se com a coleta do material, uma tarefa que é de responsabilidade da empresa que gerou o resíduo. Os documentos são, em seguida, picotados e prensados, um processo que leva à total descaracterização. Posteriormente, esse material é armazenado em fardos para ser reciclado e transformado.