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Hamsters, tartarugas, chinchilas e cacatuas não são animais de estimação comuns, mas é possível criá-los em casa, desde que seguida a legislação brasileira sobre o assunto. Os chamados animais exóticos – ou seja, animais que não são originários do território brasileiro – podem ser considerados domésticos. Tudo depende do que diz a Instrução Normativa 169 do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que regulamenta a questão no país.
Um exemplo de animal exótico liberado para criação é a cacatua. Vinda da Oceania, a ave é considerada doméstica pela lei brasileira. Para isso, deve ser comprada legalmente, com as autorizações necessárias, e o criadouro precisa ter um sistema de marcação, como uma anilha no pé da ave. O animal, porém, não é barato: cada exemplar custa cerca de R$ 8 mil.
Os animais exóticos só podem ser vendidos com autorização do Ibama. Recomenda-se, portanto, exigir a nota fiscal. Segundo a Lei de Crime Ambiental, a introdução de espécies exóticas sem parecer técnico favorável é considerada crime, podendo ser punida com multas ou até um ano de prisão.
Os cuidados com o animal exótico também devem ser específicos, guiados pela orientação de profissionais. O animal deve ser mantido de acordo com sua região de origem. Animais acostumados à umidade e temperaturas altas, por exemplo, podem sofrer ao serem criados em regiões frias e secas. Além disso, devem-se respeitar as condições de higiene, vacinação e consultas veterinárias.
A criação, reprodução e comercialização de animais exóticos de forma legal é uma maneira de combater o tráfico de animais. Ao oferecer animais legalizados ao mercado, estimula-se a preservação das espécies, geração de renda e redução da captura das espécies no meio ambiente.