A Coalizão da América Latina e do Caribe deu um passo significativo em direção a um futuro mais sustentável ao assinar sua primeira declaração sobre economia circular em 9 de outubro de 2024. Com o apoio do Brasil e outros 16 países da região, o documento estabelece metas e objetivos compartilhados para promover a transição para uma economia de baixo carbono.
Lançada em 2021, a coalizão reúne governos, empresas e academia em um esforço conjunto para enfrentar os desafios ambientais e socioeconômicos da região. A iniciativa ganha ainda mais relevância diante dos dados alarmantes revelados em um relatório de 2022, o qual mostrou que a América Latina e o Caribe desperdiçam anualmente 127 milhões de toneladas de alimentos, enquanto 47 milhões de pessoas sofrem com a fome.
A economia circular surge como uma estratégia central para combater não apenas o desperdício, mas também a crise climática e a perda de biodiversidade. Segundo a Fundação Ellen MacArthur, enquanto a transição energética pode combater 55% das emissões totais de gases de efeito estufa, a economia circular tem o potencial de resolver os 45% restantes.
Pedro Prata, Oficial de Políticas Públicas na América Latina, destaca perspectivas fundamentais da economia circular: como um modelo econômico de solução para toda a cadeia produtiva, seu papel central na preservação da natureza e biodiversidade, e sua importância nas discussões globais.
A assinatura da declaração ocorreu durante o Festival Latino-Americano de Economia Circular em Bogotá, Colômbia. Este marco representa um compromisso regional com uma visão integrada e coesa para um futuro mais sustentável. Isso coloca a América Latina na vanguarda dos esforços globais para uma economia mais circular e responsável.