Ainda nem pousamos em Marte, mas, de acordo com cálculos de pesquisadores da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, o planeta vermelho já conta com 7 toneladas de lixo enviados por nós, “terráqueos”.
Bem, é preciso esclarecer antes de tudo que não se trata da mesma poluição encontrada aqui na Terra. Os resíduos encontrados são detritos de missões de exploração de sua superfície. Contabilizando o peso das sondas, há um total de quase 10 toneladas de objetos.
De onde vêm os detritos?
Basicamente de três fontes principais: hardware descartado, pedaços e partículas espaçonave inativa e de espaçonave acidentada. Além deles, muitos resíduos pequenos foram encontrados ao longo dos anos, como material de rede, robôs, paraquedas e até cobertor térmico. Geralmente descartados durante o pouso ou logo após, cada item desses acaba indo para em um local diferente, se quebrando em fragmentos menores e sendo levados pelo vento do planeta.
Quando você soma a massa de todas as naves espaciais que já foram enviadas a Marte, você obtém cerca de 9.979 kg. Subtraia o peso da nave atualmente operacional na superfície – 2.860 kg – e você fica com 7.119 kg de detritos humanos em Marte.
A poluição é tanta que a Perseverance, a sonda de exploração da Nasa, muitas vezes encontra detritos de seu próprio pouso durante suas expedições, nas quais já andou mais de 12 quilômetros. O problema é o perigo de contaminação das amostras, que alteraria a conclusão dos cientistas, além da possibilidade de poder comprometer um futuro pouso de uma nova sonda.
O envio de naves e robôs ao planeta começou há mais de 50 anos. Desde então foram mais de 14 missões à Marte, segundo a ONU, que enviaram ao todo 18 objetos que hoje poluem o solo marciano. A principal preocupação dos cientistas com os resíduos em Marte é o risco que representam para as missões atuais e futuras – que hoje ainda é considerado baixo.
Fontes: Yahoo Finanças | Revista Planeta