Toda e qualquer substância química pode trazer malefícios quando mal administrada. Com medicamentos em geral não é diferente. O descarte ambientalmente incorreto dessas substâncias oferece sérios riscos à saúde e ao meio ambiente (como a contaminação do solo ou da água).
Apesar de deficiência de legislação que diz respeito ao descarte certo dos medicamentos que passem da data de validade ou estejam sem uso, existe uma Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que assegura a obrigatoriedade do descarte correto dos mesmos. Porém, de nada adianta contar com a pouca legislação e não haver uma consciência ambiental nas pessoas.
O descarte incorreto e os riscos trazidos
Ao serem jogados em locais inapropriados, os medicamentos se transformam em sérios riscos à água, solo, animais e à saúde pública também. Ao jogar medicamentos na privada, você coloca todo o meio ambiente em perigo, já que existem micropoluentes que causam uma contaminação ambiental. Essa, além de ser ocasionada pelo descarte incorreto, também se dá pela parcela expelida em nossas necessidades fisiológicas.
Existem casos que os medicamentos são descartados através das pias de banheiros e cozinhas. Esses remédios fazem todo um percurso até finalmente chegarem até alguma estação de tratamento de esgoto. Ali passam por uma metabolização (mudança), porém muitos não conseguem ser totalmente destruído.
Descartar medicamentos em lixos comuns também é uma atitude incorreta. Eles não são metabolizados, chegando muitas vezes em sua forma nativa até os aterros. E por falar em aterros, quando não possuem impermeabilização correta, os medicamentos descartados atravessam os meios e contaminam solo e lençol freático.
Vale destacar que o perigo não está somente no descarte incorreto, como também no erro por detrás do armazenamento de muito medicamento em casa. Isso traz um aumento significativo na taxa de intoxicação por uso indevido de medicamentos.
Qual a solução para o descarte dos medicamentos?
Antes de discutir sobre ações que possibilitem um descarte correto, é preciso entender que isso não acontece por falta de informação, e não opção. Mesmo não havendo regulamentações mais rígidas sobre o assunto, é importante enaltecer locais que tomam a atitude por si só e oferecem pontos de coleta. É possível reconhecer a existência de responsabilidade ambiental por parte de drogarias, farmácias e até mesmo supermercados, que encaminham medicamentos vencidos ao seu destino final, sem risco de contaminação.
Falando de uma maneira mais prática, um dos primeiros passos seria usufruir de medicação fracionada. Ou seja, comprar e consumir seu medicamento através de cartelas picotadas. Não acumular essas substâncias diminui consideravelmente possíveis intoxicações e também o descarte incorreto.
Algumas atitudes devem ser tomadas no dia a dia, para auxiliar no descarte ambientalmente correto dos medicamentos:
- Preste atenção na data de validade dos remédios que têm em casa;
- Deixe os remédios vencidos em locais diferentes dos remédios que estão dentro da validade, para não misturar;
- Vá até os pontos de coleta para entregar os medicamentos vencidos em locais adequados;
- No caso de instrumentos do tratamento de diabetes você deve juntá-los em um recipiente, lacrá-los e levar para alguma unidade básica de saúde.