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Descarte de lixo eletrônico
Devido ao rápido avanço da tecnologia, todo ano são lançados novos modelos de celulares, computadores e outros eletrônicos. Em associação com o aumento no poder aquisitivo da população, um número maior de pessoas hoje tem acesso a esse tipo de equipamento. Como resultado, muitos objetivos que ainda funcionam são substituídos ou descartados por uma versão mais recente. No Brasil, Segundo levantamento da Motorola Mobility, o brasileiro troca de celular em média a cada 18 meses. Então fica a pergunta: onde vão parar todos esses itens?
Quais são os possíveis riscos do descarte inadequado do lixo eletrônico?
Essa categoria de lixo apresenta diversas substâncias químicas (cádmio, chumbo, mercúrio, berílio, entre outras) em sua composição. Por consequência, a má administração do material pode levar à contaminação de recursos naturais, sobretudo a água e o solo. Ou seja, tais artigos não podem ser dispensados juntos com o lixo comum. Com o tempo, a toxicidade está relacionado a uma maior incidência de várias doenças sérias. Desde o descarte até um eventual reaproveitamento, o material precisa ser manipulado e transportado com cautela para garantir a segurança dos envolvidos.
Em geral, os eletrônicos contam com grandes quantidades de vidros, plástico e metais, e por isso demoram muito para se decompor quando deixados na natureza. Portanto, os perigos persistem e são cumulativos. Companhias que não descartam o lixo do modo recomendado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS – Lei Federal 12.305/10 e Decreto 7.404/10), estão sujeitas a multas e até prisão.
Mas afinal, qual é o destino apropriado para o lixo eletrônico?
A partir do cenário descrito, torna-se evidente a importância de se pensar o destino correto para o lixo eletrônico. De acordo com a ONU, só no Brasil, quase 100 toneladas de computadores e 2 200 toneladas de celulares são descartadas anualmente. Apesar dos artigos de informática serem os exemplos mais típicos, eletrodomésticos também se enquadram como lixo eletrônico. Em São Paulo, maior cidade do país, a única cooperativa especializada em lixo eletrônico atua bem abaixo da capacidade máxima por falta de matéria-prima, isto é, de lixo.
Para que tal realidade mude, é fundamental que tanto as empresas quanto os clientes façam a sua parte. Em primeiro lugar, praticar o consumo consciente ajuda a reduzir o volume de resíduos sólidos a serem jogados fora. Também cabe ao poder público fazer campanhas para educar a população acerca do problema do lixo eletrônico, além de oferecer soluções práticas em conjunto com a iniciativa privada. Algumas lojas de eletrônicos servem como pontos de coleta e encaminham os produtos para os lugares pertinentes. Com frequência, centros de estudos – especialmente escolas e universidades – recebem essa categoria de resíduo. Projetos específicos garantem que os equipamentos não retornem para o meio-ambiente, causando uma série prejuízos para o planeta. A preocupação com a sustentabilidade dos hábitos de consumo atuais requerem um cuidado com a etapa de descarte de computadores, celulares e assemelhados.
Além de prevenir problemas ambientais, o procedimento correto permite que o lixo eletrônico seja reaproveitado em outros segmentos. Nesse caso, um benefício adicional é a geração de emprego e renda para um número de profissionais que trabalham na reciclagem. Os equipamentos que ainda operam normalmente pode ser utilizados por quem não dispõe de recursos para adquirir o último lançamento.