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Quando um pneu chega a um estado em que não podem mais nem ser reformado para continuar rodando, ele é chamado de inservível. Porém, como se trata de um resíduo prejudicial ao meio ambiente, não deve ser simplesmente jogado fora: é preciso dar a ele um destino adequado.

Para garantir que os pneus inservíveis sejam descartados corretamente, a Resolução n° 416, instituída pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), especifica que fabricantes e importadores de pneus com peso acima de 2 kg coletem e destinem os inservíveis de maneira adequada. Além disso, a mesma resolução estabelece pontos de coleta desses pneus em municípios com mais de 100 mil habitantes.

Fabricados com recursos naturais, como borracha e petróleo, os pneus inservíveis não são biodegradáveis e devem ter um tratamento ecologicamente correto, sendo reutilizados ou reciclados. Há várias formas de fazer isso que, além de ajudarem a preservar o meio ambiente, geram empregos e aquecem a economia. Uma delas é a laminação, na qual o material é cortado em tiras e usado em sofás, tubos, solados e outros objetos. Também pode ser utilizado em tapetes, rodas maciças e pisos, depois de passar por processos de manufatura.

Porém, há várias outras aplicações para pneus inservíveis, muitas delas inimagináveis. Por exemplo, fragmentos ou pó desses materiais são misturados ao asfalto para revestir estradas e ruas. A borracha picada também pode ser acrescentada ao concreto e substituir a pedra brita na fabricação de blocos, pisos, guias e diversos pré-moldados.

Devido ao poder calorífico do pneu, a borracha é utilizada como combustível alternativo em cimenteiras licenciadas por órgãos ambientais estaduais. Existe, ainda, uma tecnologia que processa o pneu com o xisto betuminoso, resultando em um substituto parcial de combustível para obter óleo de xisto (substituto para o petróleo convencional).